D. Sebastião... Oui...c'est moi...



O senhor Sócrates voltou. Sem nevoeiro, nem alarme meteorológico. De Paris, com ar filosófico, embora sem citações platónicas, nem sabedoria socrática.
E que disse?
Basicamente: “A culpa não é minha!”
Surpreendente, num político!!!
 
Depois, a arenga típica:

1. Há uma “narrativa”, construída pela direita, contra ele próprio e contra a sua herança. E “mistificação”. E “embuste”.

2. A culpa é dos mercados financeiros. Nunca dele. “Jamais” (a pronunciar com boquinha pequena, com ar francês). E, obviamente, do chumbo do PEC IV. De quem??? Sim, do PEC IV, pela “direita embusteira”.

3. “O Senhor Presidente da República não tem autoridade moral para falar de deslealdade”. Porquê? Porque é “a mão escondida por trás do arbusto” que levou à crise política. Porque embora já falasse, em 2010,  da crise que aí vinha, o que esteve por trás foi uma história mal contada sobre a espionagem da Casa Civil e um retrato da crise, no discurso de posse…
 
Único erro reconhecido em toda a entrevista: “formar governo minoritário”. E só por falta de dotes adivinhatórios sobre a crise que aí vinha.
 
Propostas proféticas: “Parar com a austeridade”. “Parar de escavar” no buraco em que já estávamos. Ou seja, meus amigos, o que há a fazer é… (o tempo limitado da entrevista não permitiu ao guru explicar mais…).

Conclusões do observador:

1) Dois anos de filosofia em Paris não mudam o carácter.
2) O senhor Sócrates não viu necessidade de trazer nada novo. Nem no discurso, nem nas propostas.
2) O PS deixou de existir. Por supérfluo…
3) O senhor não quer ser Presidente, nem Primeiro-Ministro. Nem sequer presidente da Junta. É só para animar a malta.
4) A malta que se cuide. Porque para malta medíocre, este senhor chega. E sobra. Até porque traz conversa de Paris… “Donde?!” De Paris. Ui… Nunca o mesmo foi tão novo!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário